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Monday, March 22, 2010


Eu na casa do Cláudio Mauel da Costa, em ouro preto.
Morava bem o moço hein, e naqueles dias daquela cidade fria, acho que era impossível não estar inspirado, ainda mais com aquelas cachacinhas boas da região.

Ouro Preto é muito bom, e o legal é que se pode sair de Vitória sexta a noite, chegar sábado pela manhã lá, pagar só uma diária de hotel(de sábado pra domingo) por 50 reais se hospeda muito bem, com 6 reais de almoço se come muito bem. e chega na segunda feira de manhã pronto pra vida laboral.

SONETOS do dito cujo.

I

Para cantar de amor tenros cuidados,
Tomo entre vós, ó montes, o instrumento;
Ouvi pois o meu fúnebre lamento;
Se é, que de compaixão sois animados:

Já vós vistes, que aos ecos magoados
Do trácio Orfeu parava o mesmo vento;
Da lira de Anfião ao doce acento
Se viram os rochedos abalados.

Bem sei, que de outros gênios o Destino,
Para cingir de Apolo a verde rama,
Lhes influiu na lira estro divino:

O canto, pois, que a minha voz derrama,
Porque ao menos o entoa um peregrino,
Se faz digno entre vós também de fama.



II

Leia a posteridade, ó pátrio Rio,
Em meus versos teu nome celebrado;
Por que vejas uma hora despertado
O sono vil do esquecimento frio:

Não vês nas tuas margens o sombrio,
Fresco assento de um álamo copado;
Não vês ninfa cantar, pastar o gado
Na tarde clara do calmoso estio.

Turvo banhando as pálidas areias
Nas porções do riquíssimo tesouro
O vasto campo da ambição recreias.

Que de seus raios o planeta louro
Enriquecendo o influxo em tuas veias,
Quanto em chamas fecunda, brota em ouro.




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